Bancada evangélica do Senado trabalha para travar legalização dos jogos de azar no Brasil

MANCHETE NACIONAL Política
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Projeto foi aprovado na CCJ, mas grupo se movimentou para postergar análise em plenário para tramitar em mais comissões

A bancada evangélica do Senado trabalha para travar o projeto que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos, além de legalizar o jogo do bicho no Brasil. Após a matéria passar com um placar apertado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o grupo se movimentou para postergar a análise em plenário e quer que o texto seja discutido em outras comissões, bem como sejam marcadas novas audiências públicas sobre o tema. O objetivo é esfriar a pauta e tentar enterrar a proposta.

Foram apresentados requerimentos para enviar o projeto para quatro outras comissões: as de Segurança, Assuntos Sociais, Direitos Humanos e Assuntos Econômicos. Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), em reunião de líderes ficou acertada a discussão do tema em pelo menos um dos colegiados, além de sessão temática no plenário do Senado. “Vamos brigar por encaminhamento a mais comissões, continuar levando dados”, disse Girão, argumentando que uma possível legalização “é uma tragédia anunciada”.

Os críticos do projeto fazem um paralelo com a legalização das apostas esportivas para alegar os possíveis prejuízos à população mais vulnerável. “Já está sendo consumido, em média, R$ 100 do Bolsa Família com apostas. Isso é só a ponta do iceberg. Imagina o nível de empobrecimento que vamos ter e sem geração de emprego nem renda”, completou Girão.

Autor do pedido para realização de debate sobre os jogos de azar, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que a estratégia é dar publicidade ao assunto e evitar que o projeto seja aprovado sem a discussão devida e sem o conhecimento da população.


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