Esta semana, a onda de calor fez vítimas e provocou grandes prejuízos na Europa. Especialistas garantem que tudo isso é consequência das mudanças climáticas e que já passou da hora de reagir.
Os extremos do clima, cada vez mais comuns, matam um milhão de pessoas por ano. Esta semana, na Europa, a onda de calor fez vítimas e provocou grandes prejuízos.
Incêndios destruíram casas e plantações. Passageiros se sentiram mal dentro de trens parados, porque as linhas férreas não suportaram a temperatura excessiva. E a última terça-feira (19) foi o dia com mais atendimentos do Corpo de Bombeiros de Londres, desde a Segunda Guerra Mundial.
Dois anos atrás, o Instituto Britânico de Meteorologia, um dos mais respeitados do mundo, que coleta dados sobre o clima há quase 170 anos, fez essa previsão do tempo hipotética para 2050.
Estava lá, o mapa todo avermelhado e temperaturas altíssimas para os padrões britânicos: na casa dos 40. Coisa para daqui a quase 30 anos… que virou realidade essa semana.
Dois anos atrás, o Instituto Britânico de Meteorologia, um dos mais respeitados do mundo, que coleta dados sobre o clima há quase 170 anos, fez essa previsão do tempo hipotética para 2050.
Estava lá, o mapa todo avermelhado e temperaturas altíssimas para os padrões britânicos: na casa dos 40. Coisa para daqui a quase 30 anos… que virou realidade essa semana.
A Rosie Oakes é cientista climática do centro de meteorologia britânico. Ela diz que a equipe não ficou surpresa com o calor dessa semana, e que os termômetros lá em cima só vão ficar mais frequentes.
“A previsão era de temperaturas de 40 graus em um a cada cem anos. No fim do século, a frequência vai ser de uma vez a cada três anos’, diz.
Para alguns privilegiados, os últimos dias no Reino Unido foram de praias cheias, parques lotados e insolação. Britânicos compartilharam nas redes sociais o bronzeado do primeiro dia de 40 graus da história do país.
O aeroporto de Luton, em Londres, também ficou marcado. A pista literalmente derreteu. Voos foram suspensos.
No caso da rede ferroviária, importantíssima para o país, os trilhos de aço ficaram 20 graus mais quentes que o ar. E correram o risco de deformação. Essa preocupação também vale para os canos que bombeiam a água, para as linhas de energia…
Um ministro britânico falou que a adaptação, seguindo o modelo de outros países da Europa, pode levar décadas.