‘Estamos em guerra’, diz Netanyahu após ataque surpresa do Hamas a Israel

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Maior ofensiva do grupo palestino em anos contou com homens armados em terra invadindo o país pela Faixa de Gaza e o lançamento de mais de 5.000 foguetes

Israel foi atacado por homens armados a partir da Faixa de Gaza e bombardeado na manhã deste sábado, 7, pelo Hamas. Em uma mensagem de vídeo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está “em guerra”, anunciou uma contraofensiva e convocou reservistas. Segundo o serviço de emergência israelense, ao menos 40 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.

Em resposta aos ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê lançou a operação “Espadas de Ferro” e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.

“Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse Netanyahu. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”

O ministro da Defesa do país, Yoav Galant, afirmou que o Hamas cometeu um “grande erro”.

Homem corre após explosão provocada por foguete lançado da Faixa de Gaza, em Israel, em 7 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Amir Cohen

Homem corre após explosão provocada por foguete lançado da Faixa de Gaza, em Israel, em 7 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Amir Cohen

O premiê israelense também pediu aos cidadãos que sigam as instruções de segurança. A recomendação é que as pessoas fiquem próximas a prédios e espaços protegidos.

“As Forças de Defesa de Israel defenderão os civis israelenses e a organização terrorista Hamas pagará um alto preço pelas suas ações”, disse o comunicado divulgado pelos militares israelenses.

Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em Israel deixou o país em estado de guerra.

Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes foram lançados contra o país do Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades.

Segundo a imprensa israelense, homens armados atiraram contra pedestres na cidade de Sderot, no sul do país. Imagens que circulam pelas redes sociais indicam haver um confronto nas ruas da região.

“Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação”, afirmou Mohammad Deif, comandante do Hamas.

Segundo a mídia palestina, vários israelenses foram feitos prisioneiros por combatentes. O Hamas ainda divulgou imagens mostrando o que seria um tanque israelense destruído.

Hamas afirmou que 5 mil foguetes foram lançados da Faixa de Gaza — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Hamas afirmou que 5 mil foguetes foram lançados da Faixa de Gaza — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

O grupo Jihad Islâmica Palestina disse que seus combatentes se juntariam ao Hamas no ataque contra Israel.

“Fazemos parte desta batalha, os nossos combatentes estão lado a lado com os seus irmãos nas Brigadas Qassam até que a vitória seja alcançada”, disse o porta-voz do braço armado da Jihad Islâmica, Abu Hamza, no Telegram.

Prédio pega fogo após ser atingido por foguete em Tel Aviv, Israel, em 7 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Itai Ron

Prédio pega fogo após ser atingido por foguete em Tel Aviv, Israel, em 7 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Itai Ron

Com a crescente de ofensivas, vários líderes mundiais condenaram o ataque do Hamas contra Israel.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Tierk, afirmou estar chocado com os ataques e apelou ao fim imediato da violência em Gaza.

“Este ataque está tendo um impacto horrível sobre os civis israelenses”, disse Tuerk em comunicado. “Os civis nunca devem ser alvo de ataques.”

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. — Foto: Anadolu via BBC

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. — Foto: Anadolu via BBC

O que é o Hamas?

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo como um todo, ou em alguns casos sua ala militar, é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.


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