Americanos intensificam presença militar na região, após escalada de tensão no Irã
O general Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, anunciou nesta segunda-feira o envio do submarino Georgia, com capacidade de disparar mísseis, para o Oriente Médio em meio à expectativa de uma potencial retaliação do Irã ao ataque atribuído a Israel que causou a morte do líder do Grupo Terrorista do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã no fim de julho. O anúncio é mais uma tentativa dos EUA de tentar dissuadir o governo iraniano contra uma ação que poderia levar à escalada de um conflito. Previamente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que ordenou o envio à região do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35.
Nesta segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o presidente Joe Biden e os líderes de França, Alemanha, Itália e Reino Unido abordaram ao telefone que há o risco de Irã lançar “uma série de grandes ataques” contra Israel ainda esta semana. Em um comunicado conjunto, emitido após a ligação, os governantes pediram que o Irã “renuncie” às suas ameaças de ataque.
“Instamos o Irã a desistir de suas ameaças contínuas de um ataque militar contra Israel e discutimos as sérias consequências para a segurança regional que poderia haver se isto ocorrer”, destacaram os dirigentes em nota publicada após um telefonema conjunto.
Ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, afirmou nesta segunda-feira que seu país tem “direito a responder” às agressões.
“Embora enfatize a resolução de problemas pelo diálogo, o Irã nunca se submeterá à pressão, às sanções, ao assédio e à agressão e, em linha com a normas internacionais, se reserva o direito a responder aos agressores”, disse Pezeshkian, segundo uma nota publicada pela agencia oficial Irna após o telefone entre os dois líderes.