Israel anuncia ‘graves consequências’ nos vínculos com países que reconhecerem um Estado palestino

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Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou a iniciativa ‘uma recompensa ao terrorismo’

Israel afirmou nesta quinta-feira 23 que a decisão da Espanha, Irlanda e Noruega de reconhecer um Estado palestino terá “graves consequências” em suas relações com estes países.

“Haverá graves consequências adicionais para as relações [de Israel] com estes países, após a decisão que tomaram” na quarta-feira, ao anunciarem que reconhecerão um Estado palestino a partir de 28 de maio, indicou o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Jacob Blitstein, em comunicado.

A autoridade da chancelaria se reuniu com os embaixadores dos três Estados, os quais “repreendeu (…) devido à decisão perversa de seus governos de reconhecer um Estado Palestino”.

Durante a reunião, autoridades israelenses mostraram aos três diplomatas um vídeo do sequestro de cinco mulheres soldado durante o ataque do grupo terrorista islamista palestino Hamas a Israel em 7 de outubro.

No vídeo de pouco mais de três minutos, divulgado pela imprensa na quarta-feira, é possível ver as jovens, algumas com sangue no rosto, sentadas no chão de pijama, com as mãos amarradas atrás das costas, após terem sido sequestradas na base de Nahal Oz.

Blitstein afirmou que a medida anunciada pelos três países europeus torna “mais difícil promover um acordo para a libertação dos reféns” ainda detidos em Gaza pelos combatentes palestinos.

O anúncio de Espanha, Irlanda e Noruega ocorreu dias após o procurador do Tribunal Penal Internacional ter solicitado mandados de prisão contra o primeiro-ministro e o ministro da Defesa israelenses, bem como contra líderes do Hamas, por supostos crimes de guerra durante o conflito em Gaza.

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, que visitou vários países para reunir apoio a este reconhecimento, afirmou que a medida reforçaria as tentativas para relançar uma solução de dois Estados para o conflito no Oriente Médio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou a iniciativa “uma recompensa ao terrorismo” que “não trará a paz”.


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