Gideon Saar, chanceler israelense, declarou que os ataques visam desmantelar ‘sistemas estratégicos de armas’ das forças leais a Bashar al-Assad
Israel intensificou sua campanha militar na Síria, realizando uma série de ataques aéreos que atingiram armazéns e depósitos de armamentos em diversas localidades, incluindo a capital, Damasco. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, foram contabilizados pelo menos 310 bombardeios nos últimos dois dias. A Rádio do Exército de Israel classificou essa operação como uma das mais significativas na história da Defesa Aérea do país. O chanceler israelense, Gideon Saar, declarou que os ataques visam desmantelar “sistemas estratégicos de armas” das forças leais a Bashar al-Assad, incluindo arsenais de armas químicas e mísseis.
O OSDH informou que os bombardeios resultaram na destruição de locais militares cruciais na Síria, aumentando a tensão na região. Além dos ataques aéreos, Israel mobilizou tropas para uma zona tampão localizada a leste das Colinas de Golã, território que foi anexado pelo país em 1981. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirmou que as Colinas de Golã continuarão sob controle israelense, uma posição que gerou forte reação de países árabes, como Egito e Arábia Saudita, que condenaram a expansão territorial israelense.
A situação na Síria se tornou ainda mais complexa após a queda do regime de Assad, que, embora tenha sido motivo de celebração para alguns, também trouxe incertezas sobre o futuro do país. A guerra civil síria já resultou na morte de cerca de 500 mil pessoas e no deslocamento de milhões, criando um cenário de instabilidade.
O enviado especial da ONU para a Síria fez um apelo para que Israel suspendesse suas operações militares, destacando a necessidade de um diálogo pacífico na região. Outros países, como Turquia e Estados Unidos, também estão envolvidos em ações militares na Síria, cada um com seus próprios objetivos estratégicos. A Turquia busca controlar a situação dos curdos e gerenciar a questão dos refugiados, enquanto os EUA concentram esforços na erradicação do Estado Islâmico, complicando ainda mais o panorama já tumultuado da região.