Primeiro-ministro israelense afirma que EUA precisa estar tão preocupado quanto Israel com programa nuclear Iraniano.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse a um grupo de legisladores americanos na quinta-feira que os Estados Unidos precisam estar tão preocupados quanto Israel com o avanço do programa nuclear do Irã.
Desse modo, quando a delegação bipartidária, chefiada pelo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Turner, se reuniu no gabinete do primeiro-ministro, Netanyahu fez algumas advertências.
“O Irã é 50 Coreias do Norte. Não se trata apenas de um valentão da vizinhança, como a dinastia que governa a Coreia do Norte. Trata-se de uma força ideológica que vê a nós, Israel, como o pequeno Satã, e vê vocês como o Grande Satã. O Irã ser capaz de ameaçar todas as cidades dos Estados Unidos com chantagem nuclear é uma mudança na história”, disse.
Segundo a CBN News, a advertência de Netanyahu veio no mesmo dia em que o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse em uma visita oficial à Grécia que o Irã progrediu a ponto de ter o material para fabricar armas nucleares.
“Enquanto um braço iraniano espalha armas e representantes (terroristas), o outro continua seu programa para obter capacidade militar nuclear. E não se engane, o Irã não ficará satisfeito com uma única bomba nuclear. Até agora, o Irã obteve material enriquecido a 20% e 60% para 5 bombas nucleares”, explicou Gallant.
Enquanto isso, na quarta-feira, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, tornou-se o primeiro presidente de Teerã em 13 anos a visitar a Síria, um dos estados clientes mais próximos do país.
Nesse sentido, Israel tem realizado frequentes ataques aéreos na Síria contra alvos iranianos, destruindo instalações militares e matando membros da Guarda Revolucionária Iraniana estacionados perto da fronteira de Israel.
Por fim, um representante palestino baseado em Damasco, Khaled Abdul-Majid, disse que Raisi garantiu aos palestinos que o Irã continuaria a fornecer-lhes armas e dinheiro.
“Os líderes palestinos agradeceram ao Irã por seu apoio à resistência e à causa palestina”, disse Abdul-Majid.
