Primeiro-ministro israelense afirma que a derrubada de líder é um golpe significativo contra o Irã e o Hezbollah
Em visita às colinas de Golã, controladas por Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a queda de Bashar al-Assad na Síria é um “dia histórico” para o Oriente Médio. E que representa a eliminação de um “elo central no eixo do mal do Irã”.
Netanyahu atribuiu o evento a atitudes diretas contra o Irã e o grupo terrorista Hezbollah, que apoiavam Assad. Segundo ele, essas ações desencadearam uma reação em cadeia por toda a região, fortalecendo os que desejam se libertar do regime opressivo.
No momento em que relatos de tiroteios emergiam de Damasco, capital da Síria, os rebeldes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que se opõem ao governo de Assad, alegaram ter tomado o controle da cidade. Informações do site de rastreamento de voos Flight Radar indicam que o sinal do avião que transportava o ex-presidente desapareceu após o transponder ter sido desligado.
De acordo com a BBC News, o HTS anunciou em um grupo no Telegram que uma “Nova Síria” está por vir, onde “todos viverão em paz e a justiça prevalecerá”. O grupo Hezbollah, aliado de Assad e apoiado pelo Irã, começou a retirar seus soldados de várias regiões da Síria.
Celebrações e reações
Neste domingo (8), centenas de pessoas saíram às ruas de Damasco e Istambul, na Turquia, onde uma grande comunidade síria se refugia, para comemorar a saída de Assad da capital, agora sob controle rebelde.
Em Damasco, disparos foram ouvidos e orações foram transmitidas pelos alto-falantes das mesquitas. Em Istambul, mesmo sob forte chuva, sírios se reuniram diante da grande mesquita do bairro de Fatih para celebrar.
A situação na Síria continua tensa, com incertezas sobre o futuro político e a estabilidade do país. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto se discute uma possível transição de poder e o papel das diferentes facções e forças estrangeiras envolvidas no conflito.