O vibrante Corinthians tratou o Santos como time pequeno. Goleada humilhante. 4 a 0

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Foi a melhor partida do Corinthians sob o comando de Vítor Pereira. O time mostrou intensidade impressionante. Não tomou conhecimento do Santos, em Itaquera. Goleada por 4 a 0 resume bem o jogo

Onipresente, Giuliano conseguiu ter papel ativo na marcação e efetivo no ataque

Essas foram as palavras mais do que entusiasmadas de Vítor Pereira a repórteres, depois do primeiro tempo excelente que o Corinthians fez contra o Santos, na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, em Itaquera. 

E que deixa o clube com a classificação mais do que encaminhada para a semifinal.

Nem parecia clássico.

O time corintiano não tomou conhecimento da equipe de Fabián Bustos. 

3 a 0 foi um placar acanhado demais.

Mesmo com o ritmo controlado, o Corinthians marcou mais um.

4 a 0, placar clássico e mais do que merecido.

“Foi um excelente jogo, demos um passo importante para a classificação. Temos que ter pés no chão, mas cientes que fizemos um grande jogo. Fizemos quatro gols, não sofremos gol”, resumia o empolgado Giuliano.

Mesmo “espelhado”, ou seja, também atuando no mesmo 4-5-1 do Corinthians, o Santos foi se encolhendo, assustado, tenso. Porque o toque de bola rápido, objetivo, treinado à exaustão por Vítor Pereira, tinha como objetivo atacar os pontos fracos do adversário: a péssima marcação pelas laterais do campo.

Com triangulações objetivas, estudadas, o massacre foi se desenhando desde os primeiros minutos. Rodrigo Fernandes e Zanocelo não conseguiram marcar, dar cobertura aos inseguros Lucas Braga e Lucas Pires nas laterais. Aliás, o Santos estava recuado, mas espaçado.

Dava toda a liberdade para a movimentação frenética determinada por Vítor Pereira. Nem mesmo apelava para as faltas.

E o Corinthians aproveitou. Com excelente atuação de Giuliano, Du Queiroz, Fagner e Lucas Piton. Os coadjuvantes tiveram desempenho de protagonistas. Foram muito bem individualmente e também fundamentais no ritmo alucinante do primeiro tempo. 

Os gols de Gustavo Mantuan, Giuliano e Raul Gustavo definiram a distância entre os times. Giuliano marcou, de novo, no segundo tempo.

4 a 0 foi uma lição de futebol moderno do Corinthians.

E que também demonstrou que, apesar de todo o seu desabafo no domingo, por falta de reforços, Vítor Pereira soube aproveitar ao máximo o que tem nas mãos. Mesmo poupando os veteranos Gil e Renato Augusto, que nem no banco ficaram, para que possam suportar a sequência de jogos, nos três campeonatos que o Corinthians disputa.

Embora teoricamente com o mesmo esquema tático, as posturas eram completamente diferentes. O argentino Bustos sabia que contava com elenco muito mais fraco tecnicamente do que o time rival. E sonhava com o óbvio. Duas linhas de marcação e contragolpes rápidos, apostando na velocidade, técnica e volúpia de Marcos Leonardo no ataque.

Era o máximo que o Santos, com quase R$ 500 milhões em dívidas, decidiu apostar, com seu elenco fraco. A proposta era modesta demais para um clube bicampeão mundial, com tanta tradição. 

O Corinthians que entrou em campo querendo vencer com boa vantagem, para não correr riscos na Vila Belmiro, se aproveitou também do apoio ensandecido de mais de 40 mil torcedores na arena de Itaquera. 

Muito organizado, com os trios divididos para atacarem pelos lados: Fagner, Giuliano e Gustavo Mantuan. Do lado esquerdo, Lucas Piton, Willian e Róger Guedes.

Foi uma blitz corintiana desde o início da partida.

E pelos lados foi construindo a goleada.

O primeiro gol, do melhor primeiro tempo do Corinthians em 2022, aconteceu de forma consciente, treinada. Willian descobriu Piton livre. O lateral desceu em velocidade e cruzou rasteiro para a chegada de Mantuan, que bateu cruzado, sem chance para João Paulo.

Corinthians 1 a 0, aos 19 minutos.

O ritmo da equipe de Vítor Pereira não diminuiu. Pelo contrário. Seguiu com a mesma intensidade de quando a partida começou. E, oito minutos depois, o segundo gol. Fagner fez ótima tabela com Willian e cruzou. Du Queiroz entrou batendo, mas a bola desviou em Giuliano e enganou completamente João Paulo. 2 a 0.

Com Bustos em pânico e seus jogadores tensos, envolvidos pela atuação brilhante corintiana, o terceiro gol era mais do que previsível. E o gol veio, aos 42 minutos, de forma inaceitável para o sistema defensivo santista. Willian cobrou escanteio, e o jovem Raul Gustavo cabeceou livre, estufando as redes de João Paulo.

3 a 0, Corinthians.

“3 a 1 tem jogo na Vila Belmiro”, tentava se animar o jovem Marcos Leonardo, ao voltar do intervalo. O sonho santista era pequeno, humilde, descontar o placar, para tentar vencer o jogo de volta no litoral por diferença de dois gols. E levar a decisão para os pênaltis.

Só que, mesmo com o Corinthians diminuindo seu ritmo, tocando a bola com mais calma, com seus jogadores marcando com intensidade, mas sem a mesma objetividade no ataque, a equipe foi favorecida com a infantil expulsão de Zanocelo. Ele deixou o cotovelo em Piton. Foi expulso pelo VAR.

Se com 11 contra 11 já estava difícil para o Santos, com um a menos ficou muito mais.

O Corinthians atacava em bloco, levando muito perigo para a área de João Paulo. E foi depois de outro escanteio, que a bola disputada por Roberto Renan sobrou para Giuliano. Ele bateu com estilo, sem chance para o goleiro santista.

4 a 0, aos 31 minutos. Festa no estádio. Apreensão no Santos e pedido definitivo de “tranquilidade” de Vítor Pereira. Ele tinha a plena convicção de que o placar era suficiente para garantir a vaga para as quartas. Por conta do elenco fraco que Bustos comanda.

O medo santista era tomar mais gols

E a partida terminou na medida certa.

4 a 0 mostra a diferença entre os dois elencos…

R7


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