Participação de mulheres na administração pública federal cresce e chega a 45,6%

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Os dados foram compilados pelo Observatório de Pessoal do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo informou neste sábado (8) que atualmente o total 45,6% dos servidores federais ativos são mulheres, um aumento de 3,21% em relação a 2022. Em ponto porcentual, o aumento foi de 0,8 p.p. Até o início de 2025, eram 261,4 mil servidoras, do total de 572 8 mil ativos. Os dados foram compilados pelo Observatório de Pessoal do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Já entre os cargos de direção e assessoramento criados pelo atual governo, 76% são ocupados por mulheres, segundo o estudo, em um total de 1,2 mil postos criados. Essas ocupações estão incluindo coordenadorias-gerais, diretorias, assessorias especiais, secretarias e equivalentes.

No geral, há 11,4 mil funcionários no setor público nesses cargos, sendo apenas 39,2% ocupados por mulheres.

Durante o Encontro de Novos de Prefeitos e Prefeitas, a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) lançou o Guia para Criação e Implementação de Secretarias de Políticas para as Mulheres (SPMs). Os investimentos na estruturação de SPMs nos estados já somam cerca de R$ 4 milhões. Desde 2023, 17 unidades da Federação foram beneficiadas com recursos para a aquisição de veículos e equipamentos de informática, além do custeio de atividades de formação, planejamento e avaliação de gestão de políticas para as mulheres.

“Temos no orçamento [Plano Plurianual 2024-2027] R$ 14,1 bilhões para as agendas transversais e R$ 423 milhões deste valor são para gastos exclusivos para as mulheres. Outros R$ 13,7 milhões são para gastos não exclusivos, mas que passam pelas mulheres, como é o caso do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida. Com a criação das secretarias municipais da mulher, teremos capilaridade similar à do Ministério da Saúde, os recursos vão chegar e as políticas vão acontecer”, explicou a ministra durante o encontro.

Para estimular a presença feminina também no mercado privado de trabalho e com remuneração justa, o Governo Federal vai lançar, em março, o terceiro relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. O documento foi previsto na Lei de Igualdade Salarial, que é uma iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério das Mulheres, sancionada em 2023.

A lei estabelece que empresas com mais de 100 empregados devem adotar medidas para garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de mulheres.  As organizações tiveram até 28 de fevereiro para preencher o relatório com informações sobre critérios remuneratórios e ações para promover diversidade e parentalidade compartilhada. O último relatório mostrou que 20,7% das mulheres ganham menos do que os homens nas 50.692 empresas com 100 ou mais empregados e, em mais de 15 mil empresas, essa diferença era de até 5%.


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