Segundo dados da Clia, serão 780 mil leitos disponíveis em navios na costa brasileira, uma alta de 47% em relação a 2019/2020
O setor de cruzeiros foi um dos mais afetados durante a pandemia de Covid-19, decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março de 2020. As cenas dos enormes navios lotados de passageiros em quarentena chocaram o mundo e foram um presságio do que aconteceria nos anos seguintes.
Com mais de 80% da população brasileira completamente imunizada contra o novo coronavírus, a associação brasileira de cruzeiros marítimos — a Clia Brasil — estima que a temporada 2022/2023 seja um recomeço, com a injeção no país de até R$ 3,8 bilhões. Serão 780 mil leitos disponíveis para este verão, em um aumento de 47% em comparação aos 530 mil de 2019/2020.
Ainda segundo a Clia Brasil, nove embarcações das empresas MSC e Costa percorrerão 184 roteiros e farão 724 escalas em 17 destinos entre outubro e maio. Além das viagens nacionais, os cruzeiros também levarão os passageiros brasileiros para Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu e Punta del Este, no Uruguai.
Com o maior número de navios desde a temporada 2016/2017, o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, destacou que a Covid-19 interrompeu o crescimento que a área vivenciava no país.
“O setor estava em franco crescimento antes da pandemia. Agora, temos uma temporada de grande recuperação e retorno para a curva ascendente na qual estávamos, com nove navios de cabotagem, que embarcarão milhares de brasileiros”, contou Ferraz.
Durante o evento de inauguração do MSC Seashore — o maior navio da temporada 2022/2023 no país —, o diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil, Adrian Ursilli, revelou que a empresa tem como estratégia trazer novas embarcações à costa brasileira a cada temporada para atrair o público.
“Já lançamos a temporada 2023/2024 e aumentaremos em mais 7% a nossa oferta de cabines para o Brasil com a vinda do MSC Grandiosa, que será o maior e mais moderno navio na próxima temporada”, revelou Ursilli.
O mercado de cruzeiros, que já chegou a embarcar mais de 800 mil pessoas na temporada de 2011/2012, tenta recuperar os anos perdidos pela pandemia. Assim como outras áreas do turismo, este verão deverá representar o renascimento do setor.