Tragédia no RS freia crescimento da indústria no Brasil

ECONOMIA
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Índice Gerente de Compras do setor industrial caiu de 55,9 para 52,1 em maio; número indica uma expansão menor, embora reflete quinto mês consecutivo de crescimento do segmento

indústria brasileira, que vinha apresentando um crescimento consistente nos últimos meses, enfrenta agora um desafio devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, apontou o Índice Gerente de Compras (PMI) nesta segunda-feira (3). Após cinco meses consecutivos de expansão, o PMI sofreu uma queda notável, passando de 55,9 em abril para 52,1 em maio. Embora este valor ainda indique crescimento, pois permanece acima do limiar de 50 pontos, a catástrofe natural sugere uma possível revisão negativa nas futuras avaliações do setor. Giovani Baggio, economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS-RS), diz que é cedo para definir em números exatos o impacto das enchentes na indústria local e, consequentemente, na economia do país.

A sede da Federação foi uma das muitas estruturas afetadas, com previsões de retomada das atividades normais apenas após dois meses. Indicadores iniciais, como a redução drástica nas vendas logo após o desastre, apontam uma possível redução de até R$ 100 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul.

Em resposta a essa crise, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul propõe a implementação imediata de medidas trabalhistas emergenciais. Essas medidas, similares às adotadas durante a pandemia de Covid-19, visam minimizar os danos e acelerar a recuperação econômica. O economista-chefe alerta para a urgência dessas ações, enfatizando que qualquer atraso pode estender desnecessariamente o período de reconstrução e recuperação. Além dos desafios imediatos, o otimismo no setor industrial foi severamente impactado, com uma queda significativa no índice de expectativa das empresas. Este índice atingiu seu menor nível desde o início da crise sanitária global.


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