43,5 mil empresas fecharam no DF entre janeiro e novembro de 2023

Distrito Federal ECONOMIA
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Entre janeiro e novembro de 2023, 43.521 empresas fecharam as portas no Distrito Federal, o que representa um aumento de 35% sobre o mesmo período de 2022, quando 32.155 negócios foram extintos, segundo dados do Mapa de Empresas, do governo federal. Em contrapartida, 68.422 companhias foram abertas no mesmo período, gerando um saldo positivo de 24,9 mil empreendimentos iniciados e 359 mil ativos neste ano.

De acordo com o boletim divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, o DF ocupou a quarta posição entre as unidades da Federação com o maior percentual de empresas fechadas no segundo quadrimestre de 2023, variando 4,1% em comparação ao primeiro quadrimestre deste ano.

Entre as empresas ativas na capital, a maioria está relacionada a serviços de beleza, como cabeleireiro e manicure, com mais de 15 mil negócios; seguidos pelo comércio varejista de roupas, com 14.512 empresas; e promoção de vendas, com 11 mil empreendimentos.

Segundo um estudo realizado pelo Sebrae sobre a taxa de sobrevivência das empresas no Brasil, o microempreendedor individual (MEI) é o que apresenta a maior taxa de “mortalidade” de negócios, com 29% dos empreendimentos fechados em até cinco anos.

Ainda de acordo com o Sebrae, a pesquisa realizada em 2020, a mais recente sobre o tema, revelou que a maior parte dos empreendedores teve menos acesso a crédito, fez menos esforços de capacitação e não tinha tanto conhecimento nem experiência no ramo. 

Para a consultora empresarial Karoliny Martins, o maior desafio das empresas é gerar renda suficiente para cobrir custos operacionais. “Quando falamos em pequenas e médias empresas, esse problema é ainda mais acentuado, pois se encontra uma gestão ineficiente. Muitas dessas empresas não possuem uma estratégia clara e baseiam suas decisões em intuições”, afirma.

A especialista disse também que os impactos da transformação digital nas empresas forçou uma reinvenção por parte delas. “A dependência de modelos de negócios tradicionais, a relutância em adotar estratégias empresariais e a falta de priorização do financeiro contribuem para o declínio e, em alguns casos, para o fechamento de operações comerciais”, completou Karoliny.


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