Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos veio à Campo Grande e fez panfletagem para conscientizar sobre proteção à infância
Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves – que é senadora pelo Republicanos -, veio até Campo Grande para um ato em alusão à semana estadual de combate à pedofilia (08 a 13 de maio), que contou com uma panfletagem por semáforos da Capital.
Na Capital, quem cruzava a Afonso Pena na hora do almoço pôde ver a ex-ministra entregando panfletos, ao lado do deputado estadual, Rinaldo Modesto. Esse material traz explicações quanto ao crime de pedofilia, esclarece o perfil de “quem é o pedófilo” e comenta as formas de proteger as crianças.
“Quanto mais pessoas estiverem falando, mais crianças podem ser alcançadas”, comenta Damares Alves.
Ainda, a senadora expõe a atual preocupação também com a faixa etária que compreende a adolescência, que, segundo Damares, está exposta a diversos riscos através do uso da internet.
“Por conta do mundo virtual eles estão interagindo com brincadeiras que, às vezes, os machucam e estão ficando revem de agressores virtuais”.
Vale ressaltar que, aparecendo de surpresa na Capital, diversos motoristas – possivelmente – não reconheceram a ex-ministra e, por isso, deixaram de abaixar os vidros para pegar o panfleto entregue por Damares Alves.
Possível solução
Retomando a memória do caso Sophia, morta em 26 de janeiro deste ano – após ser espancada pelo padrasto, Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos, e supostamente pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva -, Damares cita que “poderes unificados” podem evitar que tragédias semelhantes se repitam.
Damares cita que nesta sexta-feira (12), houve reunião na Câmara Municipal, onde foi feito um “desafio” para a criação de um comitê gestor que envolva todos os poderes.
Para a senadora, secretários de saúde; educação; assistência social; o parlamento; deputados estaduais e demais envolvidos estão sim desempenhando suas funções, porém, de forma descentralizada.
“A gente reunir isso tudo num comitê gestor para uma política de enfrentamento, fortalecendo a rede de proteção à infância. E conversando entre eles, pois às vezes o secretário de Saúde não sabe o que o de Educação está fazendo, e esse não sabe o que está agindo o conselheiro tutelar. Então é a rede se falar melhor entre si”, comenta Damares Alves.
Perigo oculto
Por fim, Damares expõe que ações deste tipo acontecem há cerca de um mês em Brasília e, por isso, veio até Mato Grosso do Sul para que os atores envolvidos nesse tema desempenhem essa experiência aqui no Estado.
Ela chama atenção para um ponto, comum ao cotidiano contemporâneo, que pode representar um risco para adolescentes e jovens em desenvolvimento, que passam cada vez mais tempo navegando na internet até para a própria capacitação.
Propensos à toda forma de conteúdo, justamente o “anonimato” conquistado através da rede favorece para que os chamados “preadores sexuais” atuem com foco específico nesse grupo.
“A campanha também tem objetivo de conversar com adolescentes e jovens, que está refém de uma imagem que mostrou para alguém, um nude ou postagem indevida que fez. Queremos libertá-los também dessa dor”, finaliza.