Inimiga da China, Austrália também entra em escalada armamentista 

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O governo australiano deixou claro que os inéditos investimentos em armas nucleares estão alinhados aos interesses dos EUA e Otan

Não é sensacionalismo, é análise fria dos fatos em andamento: o planeta está em uma evidente escalada armamentista, e todos devemos permanecer vigilantes para que não ecloda uma nova e devastadora guerra mundial.

A Austrália, colonizada pela Inglaterra, alinhada aos EUA e às práticas da Otan, é a mais nova integrante desse grupo de nações dispostas a um cenário apocalíptico em que armas nucleares e de longo alcance substituem a diplomacia e qualquer hipótese de paz.

O país continental, isolado ao sul da Ásia mas com fortes valores ocidentais, decidiu tornar explícita sua determinação em enfrentar o silencioso império chinês. Se levarmos em conta que a Austrália e a China são grandes parceiras comerciais e que basta olhar para o mapa-múndi e concluir que não haveria por que o gigante da Oceania se meter na briga entre o Ocidente e o Oriente, o fato é que o governo australiano pôs suas armas na mesa. É algo inédito desde a Segunda Guerra. 

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, fez recentes declarações, todas mostrando que seu país está investindo pesado em armas de defesa e, novidade, de ataque em longo alcance. É desconhecida qualquer ameaça à Austrália; portanto, qualquer investimento bélico que parte desse país só pode ser interpretado como retaliação à soberania chinesa.

Essa adesão conta com pesados investimentos americanos, inclusive em submarinos de propulsão nuclear, segundo acordos assinados em março deste ano. É um avanço significativo da política de guerra do governo Biden — do qual não vem uma única iniciativa de armistício nem de esforço de paz.


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