PF prende nove pessoas em operação que investiga suspeitos de planejar morte de Moro e outros agentes públicos

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Operação cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em São Paulo, Paraná – onde estão os principais alvos – Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quarta-feira (22), pelo menos nove pessoas suspeitas de integrar uma facção criminosa que planejou a morte de agentes públicos e autoridades, entre elas o senador Sérgio Moro (União Brasil).

A Operação Sequaz cumpre 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. De acordo com apuração, a maior parte dos alvos está na região de Campinas.

Dos nove presos, seis foram detidos na região de Campinas após a execução de mandados de prisão, além de um homem preso em flagrante com documento falso. Outras duas pessoas foram presas em Guarujá (SP) e São Paulo.

Veja o balanço dos mandados de prisão e busca e apreensão no estado de São Paulo:

  • Americana – 1
  • Sumaré – 7
  • Hortolândia – 2
  • Santa Bárbara d’Oeste – 2
  • Nova Odessa – 1
  • São Bernardo do Campo – 1
  • Diadema – 1
  • Guarujá – 7
  • Andradina – 1

Os seis presos da região, quatro homens e duas mulheres, foram levados para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas. Por volta de 11h, os detidos deixaram o local e foram encaminhados para São Paulo. Segundos os investigadores, foram confirmados mandados contra os seguintes suspeitos (outros nomes não foram divulgados):

  • Janeferson Aparecido Mariano;
  • Patrick Uelinton Salomão;
  • Valter Lima Nascimento;
  • Reginaldo Oliveira de Sousa;
  • Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
  • Claudinei Gomes Carias;
  • Herick da Silva Soares;
  • Franklin da Silva Correa.

A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, no governo Bolsonaro, Moro determinou a transferência do chefe da facção, o Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

Suspeito preso pela PF de Campinas em operação contra morte de agentes públicos — Foto: Wesley Justino/EPTV

Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF. Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente (SP).

Quatro carros de luxo, duas motos e malotes com documentos foram apreendidos nesta quarta-feira e também encaminhados à sede da PF em Campinas. Um cofre com dinheiro também foi encontrado.

Investigações

De acordo com os investigadores, os planos seriam uma retaliação de integrantes da facção criminosa por causa de uma portaria do governo que restringia visitas em presídios federais, além do pacote anticrime. Atentados eram planejados desde o ano passado, segundo a investigação.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação e confirmou que as vítimas seriam um senador e um promotor de Justiça.

Por meio de uma rede social, Moro afirmou que vai fazer um pronunciamento sobre ser alvo de ameaças de um grupo criminoso.

“Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, cita a postagem.


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