Republicanos, PP e PL formalizam bloco de apoio a Rogério Marinho à presidência do Senado

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Cerimônia ocorreu na sede do PL, em Brasília, e contou com a presença de dirigentes dos três partidos e de parlamentares

Os partidos Republicanos, PP e PL  formalizaram, neste sábado (28), um bloco de apoio para a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado. Juntas, as legendas somam 21 senadores a partir do início desta legislatura, em 1º de fevereiro. Marinho vai concorrer com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente da Casa. 

A oficialização do apoio ocorreu na sede do PL, em Brasília. Além de Marinho e do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, estiveram presentes no encontro o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, a senadora eleita e líder do PP, Tereza Cristina, e o senador Ciro Nogueira, presidente do PP. Os senadores do PL pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho também acompanharam a cerimônia. 

O deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto

Durante o anúncio, Marcos Pereira afirmou que a eleição à presidência do Senado não é um “terceiro turno” das eleições presidenciais e que o bloco “é uma reunião a favor do Brasil”. “Esta união que se consolida hoje do PL, do PP e do Republicanos para o apoio a eleição do meu amigo, também meu irmão Rogério Marinho, não é um terceiro turno, como alguns têm dito, porque a eleição para presidente e para governadores acabou.”

A senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, considerou o apoio a Marinho como “uma agenda pra o bem do Brasil”. “É preciso ter harmonia e equilíbrio entre os poderes. Nossa campanha ganhou envergadura e vamos ganhar as eleições, sim, pro bem de todos os cidadãos que querem isso. Trazer de volta o protagonismo do Senado”, afirmou.

O senador Flávio Bolsonaro, líder do PL no Senado, deu um depoimento pessoal sobre Rogério Marinho. “Marinho tem perfil para promover pacificação do país. Ele é acostumado a transitar no parlamento e está preparado para a presidência. Nós vamos promover um pedido para que todos possam abrir o seu voto para termos um Senado de volta. Vamos vencer essa eleição pelo bem do Brasil”, declarou.

O presidente do PP, Ciro Nogueira, também fez um discurso em que pregou o fortalecimento do Senado. “Tenho certeza de que essa união vem não para ser contra ninguém, mas a favor do Senado e do Brasil”, disse. “A chegada da candidatura de Rogério Marinho, que não tinha muita chance de vitória, com a chegada desse bloco, vai ter uma sustentação necessária para chegar à presidência do Senado. Não tenho dúvida da sua vitória hoje.”

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi breve em sua declaração, se dizendo confiante na vitória de Marinho. “Quando Ciro [Nogueira] resolveu fazer o bloco, ganhamos a eleição”, afirmou.

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional e ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Marinho foi indicado por Bolsonaro, durante um almoço com as lideranças do PL, conforme apurou a reportagem. Inicialmente, a disputa interna era entre ele, Eduardo Gomes (PL-TO) e Carlos Portinho (PL-RJ).

Disputa à presidência do Senado

Aliados de Marinho no Senado argumentam que ter um opositor do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na liderança do Congresso, equilibra a relação entre os três poderes.  

Para se eleger presidente do Senado, é preciso garantir 41 votos entre os 81 senadores — a maioria absoluta. Tanto aliados de Pacheco quanto a bancada do PL calculam ter essa quantidade de votos. 

Além do bloco de apoio a Marinho, o PL busca apoio de senadores da União Brasil, PSDB. Juntos, esses partidos somam 24 senadores, suficiente para definir o resultado. Marinho tem dito aos partidos que, se eleito, pretende respeitar o critério da proporcionalidade para cargos na mesa diretora e nas comissões. Com o argumento de trazer novos ares à casa, a estratégia ganha a simpatia de parlamentares insatisfeitos com a produtividade e visibilidade externa do Senado.

O mandato do presidente, que também responde pela Presidência do Congresso Nacional, é de dois anos. O registro de candidaturas à presidência do Senado pode ser feito até a reunião em que ocorre a eleição.

Além de Marinho e Pacheco, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) entrou para a disputa. Os trabalhos da casa legislativa recomeçam na quarta-feira (1º) com a posse dos 27 senadores eleitos em outubro de 2022. O início da sessão está prevista para as 15 horas. Depois, às 16 horas, começa a reunião preparatória para a eleição da mesa diretora do Senado.


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