Quantidade de feridos devido ao tremor também aumentou e chegou a 1.204, sendo que 721 estão em estado grave nos hospitais
Subiu para 1.037, neste sábado (9), o número de mortos pelo terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o Marrocos na sexta-feira (8) — o balanço anterior era de 820. O número de feridos também subiu e chegou a 1.204, dos quais 721 estão em estado grave.
As autoridades do país apontam o abalo sísmico como o mais forte já registrado no país. O epicentro do tremor, que ocorreu às 23h11 no horário local (19h11, no horário de Brasília), foi registrado a 71 km a sudoeste de Marrakech.
Segundo o Ministério do Interior, as províncias e os municípios do país mais afetados pelo tremor foram Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant. Nas redes sociais, a população afetada registrou momentos de pânico e destruição devido aos tremores.
O terremoto foi sentido com menos intensidade em cidades costeiras, como Rabat e Casablanca, e até mesmo em Fez, onde está concentrada a seleção olímpica do Brasil (e que fica a 530 km de Marrakech). O abalo afetou, ainda, províncias na região oeste da Argélia, país vizinho do Marrocos, mas as autoridades locais negaram haver danos ou vítimas.
Após a tragédia, o Ministério do Interior afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar as zonas afetadas” pelo terremoto. Governos de outros países, como Estados Unidos e Espanha, também se ofereceram para ajudar e mandar equipes de resgate de reforço, caso preciso.
Apoio internacional
Equipes de resgate se desdobram para retirar vítimas dos escombros
FADEL SENNA/AFP – 09.09.2023
Na manhã deste sábado (9), governos de outros países do Mediterrâneo se manifestaram em apoio ao Marrocos. O presidente espanhol, Pedro Sánchez, expressou solidariedade ao país. “A Espanha está com as vítimas desta tragédia e suas famílias”, escreveu numa rede social.
Já a ministra do Exterior da França, Catherine Colonna, manifestou, também em rede social, sua solidariedade ao povo marroquino. O presidente Emmanuel Macron, que participa da cúpula do G20, na Índia, afirmou que o país está “de prontidão para ajudar” os esforços de resgate marroquinos.
Outros líderes mundiais se manifestaram em apoio ao país após a tragédia. Entre eles, estão o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
A União Africana (organização criada para promover a integração dos países do continente) também se pronunciou, citando “grande dor” diante da tragédia.
Marrocos e os terremotos
Escombros em Marrakech, no Marrocos
FADEL SENNA/AFP – 9.9.2023
Apesar da destruição e do pânico causados, este não é o primeiro terremoto que devasta o Marrocos ou um país vizinho do norte da África. Em 2004, um tremor em Al Hoceima, no nordeste do reino, deixou mais de 600 mortos e 900 feridos.
Antes ainda, em 1980, outro abalo de magnitude 7,3 devastou a Argélia (país vizinho ao Marrocos), deixando 2.500 mortos e cerca de 300 mil desabrigados.