Cidade onde Jesus nasceu cancela festa de Natal

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Segundo a prefeitura de Belém, a decisão é em respeito às vítimas do conflito entre Israel e Hamas, como também às famílias enlutadas

Na cidade em que Jesus nasceu, o Natal não será celebrado este ano. Em dezembro, moradores e turistas não encontrarão a tradicional decoração de luzes nem a árvore natalina em Belém, localizada na Cisjordânia.

Não será montado também o grande presépio, que, anualmente, fica na Praça da Manjedoura, atraindo centenas de pessoas. De acordo com a prefeitura de Belém, haverá apenas orações conjuntas no dia de Natal.

O cancelamento da festividade, ainda segundo a prefeitura de Belém, é em respeito às vítimas do conflito entre Israel e Hamas, como também às famílias enlutadas. “Foi tomada a decisão de restringir as celebrações de Natal a rituais religiosos e de organizar eventos para transmitir a nossa forte condenação da agressão israelense contra o nosso povo palestino na Cisjordânia e em Gaza”, diz o comunicado da prefeitura, que está sob a administração de Vera Baboun, cristã que governa em uma coalização com muçulmanos.

Cabe destacar que a Cisjordânia tem sido atingida pela guerra entre Israel e o Hamas, iniciada no dia 7 de outubro. As forças de segurança israelenses intensificaram as operações no território, que tem sido parcialmente ocupado por Israel desde a Guerra dos 6 Dias, em 1967. Nos últimos anos, os assentamentos israelenses aumentaram na Cisjordânia, sendo ilegais do ponto de vista do direito internacional.

Já na Terra Santa, os líderes das igrejas pediram que a prioridade para os cristãos seja o aspecto espiritual evidenciado pela data, e não os eventos “desnecessariamente festivos”. “Desde o começo da guerra, tem havido uma atmosfera de tristeza e dor. Milhares de civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, morreram ou sofreram ferimentos graves”, destaca o texto.

Israel e Palestina não estão especificados no comunicado divulgado pelas lideranças cristãs. No entanto, alguns receberam a mensagem como um sinal pela paz. Já outros, interpretaram como a indicação de que os cristãos palestinos têm cada vez menos autonomia. Isto porque estão ficando menos numerosos.


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