Região Centro-Oeste terá o calor jamais visto no país, segundo meteorologia

CENTRO-OESTE Mato Grosso do Sul (MS) MEIO AMBIENTE
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A onda de calor que atinge Mato Grosso do Sul nos últimos meses deve voltar ainda mais forte nas próximas semanas. As temperaturas na região Centro-Oeste devem ficar entre  43ºC e 45ºC, já na última semana de outubro. 

Na semana do feriado, a região norte de Mato Grosso do Sul registrou máximas de 41,2ºC em Coxim; 41,0ºC em Nhumirim; 40,6ºC em Miranda; 40,5ºC em Água Clara; e 40,0ºC em Aquidauana. Já em Mato Grosso, as máximas atingiram a casa dos 42,6ºC em Cuiabá; 41,2ºC em Rondonópolis (MT); 41,1ºC em Gaúcha do Norte (MT); 41,0ºC em Porto Estrela (MT); e 40,6ºC em Aragarças (MT); e 40,0ºC em São José do Xingu (MT).

Bolha de calor vai aumentar ainda mais 

Segundo dados meteorológicos analisados pela MetSul Meteorologia, o calor na região do Centro-Oeste do país, aumentou de  2ºC a 3ºC a mais. A situação trata-se de uma meteorológica extraordinária e histórica jamais vista na região centro do país. Há uma bolha gigantesca que será registrada nas próximas semanas que fará pressão meteorológica no norte da Argentina e no Paraguai.  O calor extremo se estenderá até a Bolívia, ao Paraguai e o Norte da Argentina, com efeitos ainda em áreas mais ao Norte de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Sul do Amazonas e do estado do Pará, onde as máximas nos próximos dias devem ficar perto ou acima de 40ºC em diferentes localidades.

A bolha de calor que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Os estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás estão no centro desse alerta.  

Essa bolha extrema comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar. Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela. Foi exatamente isso que aconteceu na onda de calor histórica registrada em setembro e novamente agora em outubro. É um processo físico na atmosfera. 

Segundo os sistemas meteorológicos, as massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.

NOOA/ Meteo France- Divulgação

Veja como ficará o calor nos próximpos dias em cada região:

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